I
Que fizeram de ti, meu Portugal ?
Tu, um país pequenino em espaço,
Que a Europa nunca teve no regaço,
Pois lhe fugias, ágil, jovial,
Em busca de outro mundo, além esparso,
Foste, agora, cair no seu ardil !...
Velhinho, que jamais fora senil,
Atraiçoa-te a Europa, num abraço
De quem mostra por ti grande afeição,
Prometendo ternuras maternais:
Os apátridas, logo em ambição
Vendem-te por dinheiro e coisas mais,
Tecendo em cada alma só ilusão,
Até nos dar torturas infernais.
II
Desde o berço mostravas alma forte,
Enfrentando inimigos sem temor.
A Europa sublimava o teu valor,
Todo o mundo invejava a tua sorte.
Sempre te perseguiu algum traidor
A quem não importava a tua morte...
E logo despedaça, num mau porte,
Teus membros: Portugal conquistador!
Eras, neste cantinho, independente;
Descobrir Mundos foi tua ambição,
Levando a Fé a todo o Continente!
Os traidores, por vil maquinação,
Vendem-te a uma Europa irreverente,
Que te escraviza, até roubar-te o pão!...
Porto, 27 - 3 - 2012
Ana Lopes Vieira
domingo, 13 de maio de 2012
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