Mote:
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I
O meu fantasma és tu, recordação
Do nascer da amizade. Essa amizade
Que é amor, mas, se acaba…ai, é saudade.
Só afecto de mãe tem duração.
Em consciência, dá inquietação
À alma; e tremura ao coração
Com o orvalho frio da saudade…
─ Eu vou do Porto a Serpa. Tenho pressa. ─
Informou a Saudade, no Natal:
Nos olhos tinha a lágrima, que expressa
O crepúsculo dum amor letal:
O rude telemóvel, a arremessa
Na loucura de haver uma rival...
II
─ Au coucher du soleil, eu cheguei lá,
Ao lar familiar, onde há saudade.
Mas, quem me chamou Sol, com amizade,
E me jurou amor, aonde está?... ─
Sem esperança, conta-me, a Saudade,
Que o seu afecto não mais morrerá,
Mas que o seu amor, ai, não voltará,
Porque nele não há sinceridade…
Gotas de água rolavam dos seus olhos
Como orvalho a cair ao pôr do sol.
Mas, a justiça logo arreda abrolhos:
De esconderijo sai, como arrebol,
O amor, que fingiu só dar-lhe escolhos,
Para fazer voltar, veloz… o Sol...
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