I
Não conheço Barcelos, mas o Galo,
Esse é famoso, além de Portugal.
Com ele vai Barcelos, jovial,
Buscar a mesma fama! Que regalo!...
Sendo embora de barro, o animal,
Alguém teve a ideia de inventá-lo,
E, com mãos de escultor, pôs-se a moldá-lo
Até lhe dar a forma bem real.
Alguém que tinha um galo que estimava,
Talvez por ser dos mais belos tenores.
Quando o galo se foi... ela chorava...
Lembrou-se então moldá-lo com fervores.
Não pode dar-lhe a voz, que a encantava!
Dá-lhe vida na cor: profusas cores!...
II
E o galo colorido, assim berrante,
Levado por turista prazenteiro,
Lá se liberta, assim, do seu poleiro,
E vai, a correr mundo, como errente...
Barcelos, manda o galo, mensageiro,
E fica no seu berço, confiante,
De que vai receber muito emigrante,
Da sua terra, ou mesmo forasteiro,
Para lavar mais "Galos de Barcelos",
Que hão-de fazer mesmo romaria!
Os seus galos não cantam, mas são belos!
Na casa do emigrante, - que alegria! -
Ter um galo, de traços tão singelos,
Português, a fazer-lhe companhia!...
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008
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