quinta-feira, 22 de novembro de 2007

I

Coitadinho do i : é um risquinho.

E no cimo está uma pintinha,

Apenas a fingir de cabecinha,

Mas tem-na separada… Coitadinho!


Criar o i acéfalo… convinha,

A quem?... Digam, pois eu não adivinho…

O seu inventor não lhe deu carinho;

A crueldade nele se detinha…


Vejamos como o i, decapitado,

Consegue o pensamento definir

E revelar-se nada atordoado…


É bem claro no ir, no vir, no rir!

E também não se mostra irritado,

Por jamais do irritar poder fugir…


II

Quantos humanos, tendo o corpo unido,

À cabeça, não têm percepção,

Não conseguem achar definição

Para o que já está bem esclarecido…


Andam às voltas, numa agitação!...

Fingindo que procuram o sentido,

Dum tema… que desejam escondido,

Para não lhes trazer complicação…


Eis como funciona o ser humano,

Quando quer libertar-se de problemas…

Mesmo acéfalo, vê-de o i ufano


Por jamais fraquejar nos seus dilemas…

Só os humanos causam grande dano

Inventando em defesa, vis esquemas…

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